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Rescisão indireta de contrato de trabalho pode ser pedida se horas extras não forem pagas

Uma empresa que não paga as horas extras habitualmente prestadas pelo funcionário desrespeita o contrato de trabalho. Dessa forma o trabalhador pode pedir a rescisão indireta deste contrato de trabalho obrigando a empresa a arcar com as verbas rescisórias.

TRT do Mato Grosso do Sul deu ganho de causa para a funcionária (Foto: Divulgação)

Foi o que aconteceu no Mato Grosso do Sul onde a Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho determinou que a Associação Pestalozzi de Campo Grande (MS) converta para rescisão indireta o pedido de demissão de uma secretária e pague a ela as verbas rescisórias correspondentes. A entidade deixou de pagar horas extras à trabalhadora, o que, segundo o colegiado, representa descumprimento de obrigação contratual e conduta grave do empregador.

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A ex-secretária informou na reclamação trabalhista que não recebeu pelas horas extras habitualmente prestadas e que pediu demissão porque a empresa não estava cumprindo com as obrigações do contrato de trabalho. Na ação, ela pretendeu a reversão do pedido de demissão para a rescisão indireta, com pagamento das verbas rescisórias respectivas.

Ministro considerou conduta da empresa como grave

O relator do recurso de revista da secretária, ministro Alexandre Ramos, explicou que a ausência de quitação das horas extras durante o pacto laboral é considerada conduta grave, o que, por si só, motiva a justa causa, por culpa do empregador. Segundo ele, o artigo 483 da CLT aponta como tipo de infração cometida – e que poderá dar ensejo à rescisão indireta – o descumprimento das obrigações contratuais por parte do empregador. A decisão foi por unanimidade.

Não pagar horas extras é falta grave (Foto: Divulgação)

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