A pandemia do Coronavírus levou as empresas a adotarem o Home Office. Com as agências bancárias não foi diferente. Elas tiveram que se adequar a uma nova realidade. A relação de trabalho entre bancos e bancários foi modificada por conta disso. O Banco Bradesco, por exemplo, foi o primeiro a tornar pública uma política a ser adotada pelos funcionários que estão trabalhando dentro da própria residência.
O Bradesco fechou um acordo com o quadro de funcionários. O acordo envolvendo o teletrabalho ou trabalho remoto foi firmado com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Pelo acordo o banco vai pagar aos bancários no primeiro ano uma ajuda de custo de R$ 1.080. O valor será usado para ajudar no pagamento das despesas do Home Office.
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Trabalhando em casa os bancários viram suas contas de luz aumentarem, uma vez que gastam mais eletricidade por conta do computador, ar condicionado, dentre outros custos. Além disso são obrigados a pagar por uma internet mais eficiente. Fora que muitos precisaram comprar cadeiras de escritório. O valor do auxílio é para ajudar nesses custos. Mas aqueles funcionários que noptarem por receber uma cadeira do Bradesco em casa vão receber um pouco menos de auxílio: R$ 960.
Após o primeiro ano de auxílio o banco vai pagar R$ 960. Isso porque a partir do segundo ano não haverá mais o custo da cadeira. Os valores foram definidos baseados nos valores de mercado de cadeiras de escritório.
Ficou definido que o Bradesco vai fornecer aos bancários equipamentos para o trabalho. No caso fornecerá notebook ou desktop, mouse, teclado independente e headset. Mas caberá aos funcionários zelar pela integridade do equipamento.
Os equipamentos fornecidos serão semelhantes aos utilizados nas agências. Além disso o banco vai fornecer um treinamento para os funcionários que ficarão em casa e também para seus gestores a fim de que eles possam assimilar bem esta nova realidade.
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Neste treinamento o banco vai transmitir orientações sobre como prevenir acidentes de trabalho e doenças de trabalho. Também será realizado acompanhamento especial no exame periódico de quem estiver em teletrabalho.
O regime de teletrabalho não será obrigatório. Ele vai ser uma opção ou não do funcionário. Quem optar terá ainda um canal de apoio obre procedimentos profissionais ou equipamentos.
Temendo possíveis ações trabalhistas ou excesso de horas extras, o Bradesco vai controlar pelo computador o tempo de trabalho dos funcionários. Assim garante que respeitem os intervalos e horários para as refeições.
Durante as refeições e intervalos está proibida a troca de mensagens de trabalho. Além disso não poderão ser feitas ligações de áudio ou vídeo, ou qualquer outra atividade laboral nesses períodos. Mas, se ocorrerem, serão computadas como horas extras.
– O Bradesco foi o primeiro a concordar com as condições, queremos que outros bancos sigam esse exemplo. A regulamentação do teletrabalho é uma reivindicação da categoria, que não aceita ter a responsabilidade do fornecimento e manutenção dos equipamentos necessários para a realização do teletrabalho – afirmou a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ivone Silva, uma das coordenadoras do Comando Nacional, que representa a categoria da mesma com a Federação Nacional dos Bancários (Fenaban).
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Existe a esperança que com esta decisão do Bradesco os demais bancos possam seguir o mesmo caminho. Mas enquanto isso não acontece os bancários devem ficar atentos aos seus direitos. Pois podem acabar sendo explorados.
Diante de situações como essa é importante o bancário conhecer seus direitos e procurar profissionais especializados em ações que envolvam bancos e instituições financeiras. O escritório Franklin e Corrêa Advogados Associados tem mais de 15 anos de experiência neste ramo atuando no Rio de Janeiro. Neste período de pandemia, para preservar a saúde de clientes e funcionários, estamos atendendo por Whats app pelo número (21) 98259-3456.
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