Os bancários diariamente lidam com grandes cifras e por isso mesmo ficam sujeitos a situações de desconfiança por parte de clientes e empregadores. Mas existe um limite para tudo. A relação de confiança deve prevalecer. Mas muitas vezes os bancos passam dos limites. Assim a Justiça do Trabalho é um caminho. Ainda mais quando é aberto um processo por improbidade e que termina com a comprovação da inocência do profissional.
Um exemplo disso aconteceu envolvendo a Caixa Econômica Federal em 2014. A 5ª turma do TST restabeleceu sentença que condenou a CEF ao pagamento de R$ 500 mil a título de danos morais causados a um gerente em razão da demora para apurar denúncia de improbidade contra ele. O processo interno, que concluiu pela inocência do gerente, demorou seis anos e meio para ser finalizado.
Segundo informações do site “Migalhas” o gerente afirma que foi afastado do cargo com o argumento de que houve uma denúncia contra ele por supostos atos improbidade administrativa e pagamentos de valores irregulares. Sem receber muitas informações, foi orientado a sair de férias “imediatamente” e procurar outra unidade de trabalho. Disse ainda que foi expulso do trabalho, obrigado a encerrar o expediente mais cedo e recolher os pertences pessoais sob os olhares dos colegas.
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A CEF alegou que o procedimento de apuração “demandou apenas o tempo necessário para que se pudesse aplicar a pena correspondente com regularidade e total certeza”, a fim de garantir a observância dos princípios da ampla defesa e do contraditório.
Ainda segundo o site, ao condenar a Caixa em R$ 500 mil, o juízo de 1º grau entendeu que, na época das denúncias, o superior hierárquico do gerente não cuidou do tema com resguardo. Com base no depoimento de testemunhas, ficou comprovado que o assunto foi difundido a todos os empregados da unidade, com acusações levianas e sem provas.
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Em recurso ao TRT da 10º região, a CEF alegou que não houve nexo de causalidade entre o ato isolado e o dano alegado. E, ao questionar o valor da condenação, conseguiu reduzi-lo para R$ 100 mil. Entretanto, no recurso ao TST, o relator, ministro Emmanoel Pereira, considerou que a conduta morosa da instituição financeira revelou descaso com o trabalhador, que sofreu durante anos as consequências das acusações infundadas. Quanto ao valor da indenização, o ministro defendeu que a honra é um bem inatingível, que não morre nem com a morte. Assim escreveu que “Você morre, mas sua honra fica. Se sua honra foi maculada, ela restará maculada mesmo após sua morte.”
Para Emmanoel Pereira, nada justifica a demora no andamento do processo, que rendeu ao trabalhador o estigma de desonesto e ladrão dentro do local de trabalho. Assim ele escreveu que “Não foram dias, nem meses. Foram seis anos para a empresa concluir que nada havia de desonesto na conduta do empregado, mas, mesmo assim, o retirou de uma função gratificada e o deixou dentro da empresa.”.
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Diante de situações como essa é importante o bancário conhecer seus direitos e procurar profissionais especializados em ações que envolvam bancos e instituições financeiras. O escritório Franklin e Corrêa Advogados Associados tem mais de 15 anos de experiência neste ramo atuando no Rio de Janeiro. Neste período de pandemia, para preservar a saúde de clientes e funcionários, também estamos atendendo por Whats app pelo número (21) 99856-0718. Também funcionamos no telefone: (21) 2544-5542. Além disso pode nos procurar pelo e-mail contato@franklinecorrea.com.
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