A lesão faz parte da rotina dos atletas e muitas vezes os clubes parecem estar insensíveis a este tipo de situação. Não é tão raro assim os clubes dispensarem atletas que estão se recuperando de contusões sofridas em campos e ginásios. Mas quando isso acontece a Justiça do Trabalho é um caminho a ser considerado.
Recentemente o Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro condenou o Botafogo a pagar uma indenização de R$ 1,1 milhão ao lateral Pedro Rosa por conta de sua dispensa em 2015. Naquela ocasião o atleta estava lesionado.
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Em dezembro a Justiça condenou o Botafogo em R$ 500 mil. Mas com as atualizações, o Alvinegro tem que pagar até outubro o valor corrigido. Isso explica o montente superior a R$ 1 milhão.
Pedro Rosa revelou humilhação. Assim foi à Justiça
O jogador comentou na época de sua dispensa o sentimento de humilhação que estava sofrendo.
– Quando saí, fui liberado dia 30, dei baixa na carteira e fiz a ressonância no dia primeiro, onde constava a mesma lesão. Se eu fosse operado em julho no Botafogo, estaria bom agora. Como eles dizem, uma tendinite patelar não era para cirurgia. Porém, o tempo foi passando, eu permanecendo no DM sem evoluir. Tentando treinar sentindo dores, fazendo esforço com dor, acreditando que seria só essa tendinite, que com o passar do tempo, tratamento, remédio, infiltração, ela iria sumir. Mas nada de melhorar. E com isso tudo eu saindo prejudicado porque o contrato estava acabando e não melhorei. Fui dispensando com dores. Então, quando fiz o novo exame um dia após ter sido mandando embora e me consultei com um médico de fora do clube, ele disse que realmente havia uma grande inflamação no tendão patelar e que não iria melhorar se não fizesse a cirurgia. Por isso digo que, se soubesse que tinha que operar, já tinha feito. Estou parado sem receber, sem jogar e ainda gastei R$ 15 mil e mais um tanto que não tinha como gastar, sendo que machuquei no Botafogo – relatou o jogador em entrevista ao “Globo”.
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Em sua ação na Justiça do Trabalho o atleta cobrou inclusive indenização por danos morais e materiais devido ao fato de ter sido dispensado mesmo estando lesionado. Além disso pediu a revisão dos salários que recebia e uma quantia sobre divergências nos direitos de imagem. Mas o juiz não deu razão a ele em todos os casos. Pedro Rosa fez apenas quatro jogos na Série B de 2015 pelo Alvinegro e atualmente está no Criciúma.
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Diante de situações como essa é importante o atleta conhecer seus direitos e procurar profissionais especializados em ações que envolvam clubes. O escritório Franklin e Corrêa Advogados Associados tem mais de 15 anos de experiência neste ramo atuando no Rio de Janeiro. Neste período de pandemia, para preservar a saúde de clientes e funcionários, também estamos atendendo por Whats app pelo número (21) 99856-0718. Também funcionamos no telefone: (21) 2544-5542. Além disso pode nos procurar pelo e-mail contato@franklinecorrea.com.
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