A carreira dos jogadores de futebol normalmente é dinâmica. São raros os casos de atletas que defenderam apenas uma camisa. Assim a tendência é que muitas vezes eles não venham a defender o time com quem assinaram contrato durante todo o período de vigor do compromisso. Além disso são emprestados com frequência quando não fazem parte dos planos. Mas o desejo dos clubes de evitar a rescisão contratual não afasta a responsabilidade de se cumprir esses acordos até o fim.
Sabemos que cada caso é um caso. Assim os clubes negociam com os atletas condições especiais para cedê-los para outros clubes. Além disso muitas dessas negociações são proveitosas, uma vez que os profissionais desejam dar sequência à carreira. Mas em todos os casos os acordos devem ser respeitados.
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Quando um atleta aceitar atuar por outro clube em uma situação de empréstimo, não abre mão dos direitos firmados com o seu clube de origem. Em várias situações esses clubes inclusive continuam pagando parte dos vencimentos. Assim é comum até mesmo que eles não possam entrar em campo em jogos dos dois times.
Cláusulas protegem atletas
Recentemente, segundo noticiou o site “Globoesportes.com”, a Justiça do Trabalho deu ganho de causa ao meia-atacante Felipe Amorim, 30 anos, no processo contra o Fluminense. O valor é de R$ 1 milhão. A sentença do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região ainda permite recurso.
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O jogador, que teve vínculo pelo clube entre 2016 e 2019, cobra do Flu: Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) desde 2017, direitos de imagem a partir de dezembro de 2018 e as férias de 2019, além de juros e multa. A reportagem contatou advogados Filipe Rino e Thiago Rino, que representam o atleta e apenas confirmaram a decisão. O Flu não se manifesta em ações judiciais.
Contrato previa reajuste anual. Mas isso gerou problema
Amorim recebia aumento salarial gradativo a cada ano, mas só jogou oito jogos pelo time carioca, no primeiro ano de vínculo. Ele foi contratado junto ao América-MG, no final de 2015. Depois, o jogador passou por quatro empréstimos no período de contrato com o Fluminense: Coritiba (2016), América-MG (2017), Figueirense (2018) e Guarani (2019). Atualmente, ele joga no Chiangrai United, da Tailândia.
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Diante de situações como essa é importante o atleta conhecer seus direitos e procurar profissionais especializados em ações que envolvam clubes. O escritório Franklin e Corrêa Advogados Associados tem mais de 15 anos de experiência neste ramo atuando no Rio de Janeiro. Neste período de pandemia, para preservar a saúde de clientes e funcionários, também estamos atendendo por Whats app pelo número (21) 99856-0718. Também funcionamos no telefone: (21) 2544-5542. Além disso pode nos procurar pelo e-mail contato@franklinecorrea.com.
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