Uma bancária vai receber indenização de R$ 290 mil do Banco Santander por conta de danos morais e materiais. Ela atuava como gerente em Juiz de Fora (MG) e procurou a Justiça alegando que teve depressão por conta da forte pressão a que era submetida em seu ambiente de trabalho. A decisão foi dos julgadores da Terceira Turma do TRT-MG e por unanimidade. Eles entenderam que havia nexo de causalidade entre a doença alegada pela trabalhadora e as atividades desenvolvidas na instituição financeira.
No processo judicial a gerente revelou que sofria exagerada pressão psicológica por conta de resultados. Segundo ela as cobranças era excessivas e havia inclusive constantes ameaças de demissão por parte do banco.
Uma das testemunhas da gerente no processo confirmou a versão inclusive de que a mesma foi ofendida por seus superiores sendo chamada de “gerente de merda”. Em outra ocasião o superior teria se dirigido a ela como “gorda”.
Banco tenta negar versão da gerente
O Santander tentou negar as acusações alegando não existir relação entre a doença da gerente e seu ambiente de trabalho. Entretanto, alguns documentos foram incluídos no processo pelos advogados da gerente e comprovavam ameaças com frases como: “repita comigo: não vou reclamar do meu trabalho” e “sua batata está assando… e não pode ficar preta”. A desembargadora relatora, Camilla Guimarães Pereira Zeidler, verificou que e-mails anexados ao processo também demonstraram como eram as cobranças de metas. A desembargadora lembrou ainda que “a gerente e qualquer trabalhador, ao ingressar no emprego, não vende sua sanidade física e mental”.
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Diante de todas as provas apresentadas o perito médico que colaborou com o processo estabeleceu o nexo de causalidade entre a doença da reclamante e o trabalho desempenhado. Segundo o laudo do mesmo “os sintomas apresentados, como tristeza maior parte do tempo, ideias de autoextermínio, comportamento isolacionista, perda do prazer nas atividades cotidianas, prejuízo do sono e sintomas ansiosos acessórios, vão ao encontro do diagnóstico apresentado”.
Não é fácil comprovar assédio moral
A prática de assédio moral e a pressão psicológica é comum no sistema bancário conforme diversos relatos e processos. Entretanto, não é fácil comprovar este tipo de situação.
Diante de situações como essa é importante o bancário conhecer seus direitos e procurar profissionais especializados em ações que envolvam bancos e instituições financeiras. O escritório Franklin e Corrêa – Advogados Associados – tem mais de 15 anos de experiência neste ramo atuando no Rio de Janeiro. Neste período de pandemia, para preservar a saúde de clientes e funcionários, estamos atendendo por Whats app pelo número (21) 98259-3456.
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