Um atleta profissional está sujeito ao longo de sua carreira a enfrentar lesões. Assim é a rotina da maioria deles. Mas quando há um contrato em vigor com um clube o atleta não pode sofrer nenhum tipo de discriminação. Precisa ser apoiado no aspecto médico e não ter seus vencimentos financeiros comprometidos.
Esta semana o tema veio à tona por conta do desabafo do zagueiro Cris, que rescindiu seu contrato com o River do Piauí alegando que foi abandonado pelo clube por conta de um tratamento de hérnia de disco.
O jogador fez seu último jogo em março e depois o futebol foi paralisado por conta da pandemia do Coronavírus. Neste período ele começou a sofrer com hérnia de disco e começou tratamento.
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Mas, segundo Cris, o River o abandonou. Além disso o jogador alega que foi discriminado na hora do pagamento do salário.
– Fui eu que pedi. Desde a minha lesão as coisas ficaram muito ruins para mim. O clube não me deu nenhum apoio durante o período da pandemia. Ninguém nunca nem me ligou para saber se eu estava pelo menos melhorando. Na hora de receber era outra luta. Abril e Maio recebi menos de 50% do salário. Junho e Julho eu não recebi nada. Agosto, já de volta ao clube, eu recebi menos de 50% de novo. E agora em setembro, quando todos tinham recebido, eu ainda não tinha. Desde que cheguei no início de agosto o clube se quer fez um exame em mim pra saber meu estado. Isso foi me irritando muito, não tinha porque eu continuar no clube – afirmou o atleta em entrevista ao site do “Globo Esporte”.
Clube nega ‘abandono’ do zagueiro
Caso a versão de Cris seja verdadeira o River pode enfrentar sérios problemas na Justiça. A legislação impede que um jogador tenha seus vencimentos cortados por conta de lesão. Além disso não pode existir discriminação na hora do pagamento.
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Em sua defesa o River divulgou nota oficial desmentindo que tenha havido discriminação ou abandono do jogador: “O River Atlético Clube informa que aceitou o pedido de rescisão de contrato do zagueiro Cris, que estava o Departamento Médico do clube em tratamento. O atleta, que se recuperava de uma hérnia de disco desde março, estava recebendo o tratamento do clube tanto no Departamento Médico como dos preparadores físicos da comissão técnica profissional e já se preparava para retornar aos campos em breve. Além disso, o atleta tinha renovado contrato durante a pandemia para que pudesse receber o tratamento necessário, como estava sendo realizado até o seu pedido por rescisão.”
Clube admite problemas financeiros
Mas na mesma nota o clube assumiu que não vem conseguindo honrar seus compromissos financeiros: “Bem como todos os outros profissionais do clube, o atleta também passou por redução salarial, previamente acordada, e pequenos atrasos em seus pagamentos devido às dificuldades enfrentadas durante a pandemia do novo coronavírus, fato esse conhecido em toda a economia mundial. O River Atlético Clube agradece ao profissional pelos serviços prestados ao clube, tendo vivido momentos de glória com o título estadual de 2019 e sendo capitão da equipe em 2020.”
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Provavelmente Cris vaio procurar seus direitos na Justiça do Trabalho. Assim as duas partes poderão colocar os seus argumentos.
Diante de situações como essa é importante o atleta conhecer seus direitos e procurar profissionais especializados em ações que envolvam clubes. O escritório Franklin e Corrêa Advogados Associados tem mais de 15 anos de experiência neste ramo atuando no Rio de Janeiro. Neste período de pandemia, para preservar a saúde de clientes e funcionários, estamos atendendo por Whats app pelo número (21) 98259-3456. Também funcionamos nos telefones: (21) 2544-5542 e (21) 2524-5058. Além disso pode nos procurar pelo e-mail advogadosfec@gmail.com.
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