A recente condenação do banco Itaú ao pagamento de R$ 10 mil por danos morais a um ex-gerente reacendeu o debate sobre os limites da exposição de bancários nas redes sociais corporativas. O caso, ocorrido em uma agência no bairro de Higienópolis, em São Paulo, destaca a importância de se compreender até onde vai o poder diretivo do empregador. Além disso discute onde começam os direitos fundamentais do trabalhador. Mas o assunto segue longe de verdades absolutas.
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O ex-funcionário alegou que foi constrangido a participar de uma “dancinha de TikTok”, junto com outros colegas, para a produção de um vídeo destinado às redes sociais da instituição. Assim a Justiça entendeu que houve violação à dignidade do trabalhador, reconhecendo o abuso da subordinação hierárquica e o desrespeito aos direitos de personalidade.
Bancários e redes sociais: caso isolado?

Relação de bancários e redes sociais custou indenização ao Itaú (Foto: Divulgação)
Esse não é um caso isolado. Com a crescente presença das empresas nas redes sociais, tem se tornado comum a exigência de participação de empregados em campanhas e conteúdos digitais. No entanto, é fundamental lembrar que nenhuma ação promocional pode ferir a honra, a imagem ou o consentimento do trabalhador.
Para os bancários, uma categoria já marcada por forte pressão por metas e exposição constante a situações estressantes, essa imposição representa mais um risco à sua saúde mental e aos seus direitos trabalhistas. A utilização da imagem de empregados sem autorização ou sob coação pode configurar assédio moral, passível de indenização.
Os limites da exposição
É dever do empregador respeitar os limites da relação de trabalho. Qualquer participação em ações para redes sociais deve ser voluntária, clara e devidamente autorizada. O funcionário deve dar o consentimento sem qualquer tipo de pressão ou ameaça velada. Mas nem sempre os bancos agem assim.
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Neste contexto, bancários que se sentirem constrangidos ou obrigados a participar de situações semelhantes devem buscar orientação jurídica especializada. Escritórios de advocacia trabalhista com experiência em casos do setor bancário, como o nosso, estão preparados para oferecer suporte e garantir que seus direitos sejam preservados diante de abusos.
Questão de dignidade

Bancários e redes sociais: um tema polêmico (Foto: Divulgação)
Em um ambiente digital cada vez mais presente, proteger a dignidade no trabalho é essencial. E isso começa pelo respeito à individualidade dos trabalhadores — também nas redes sociais.
Diante de situações como essa é importante o bancário conhecer seus direitos e procurar profissionais especializados em ações que envolvam bancos e instituições financeiras. O escritório Franklin e Corrêa Advogados Associados tem mais de 16 anos de experiência neste ramo atuando no Rio de Janeiro. Atendemos por Whats app pelo número (21) 96726-0734. Também funcionamos no telefone: (21) 2544-5542. Além disso pode nos procurar pelo e-mail contato@franklinecorrea.com.
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