Os médicos muitas vezes decidem o futuro de uma pessoa. Inclusive no que diz respeito a altas somas de valores. Normalmente quem vive nesta situação são os médicos peritos, que costumam viver episódios de alto risco. Nesses casos é importante o empregador dar condições de segurança para esses médicos trabalharem. Quando isso não acontece a Justiça do Trabalho é o melhor caminho.

INSS vai ter que indenizar perito (Foto: Divulgação)

Foi justamente o que fez um médico perito que foi atacado com uma facada por uma segurada do INSS que ficou revoltada com o laudo dado por este médico. O caso foi analisado pela 5ª Turma do TRF 1ª Região, que reconheceu o direito do médico ser indenizado por danos morais.

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Consta dos autos que o servidor, durante o período de trabalho, foi esfaqueado na perna por uma segurada após a suspensão do benefício previdenciário que ela recebia. Em decorrência da agressão, o autor necessitou ser submetido a procedimento cirúrgico de emergência.

Justiça entendeu que INSS tinha que dar segurança ao perito

Em apelação, contra a sentença do Juízo da 16ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal, o requerente sustentou que o INSS deveria ser responsabilizado pelo ocorrido por não ter disponibilizado as condições mínimas de segurança para o desenvolvimento do trabalho, o que ensejaria indenização por danos morais.

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Ao analisar a questão, o relator, juiz federal convocado Caio Castagine Marinho, destacou que a omissão da autarquia em promover a segurança dos servidores configura negligência do Estado em relação às condições de trabalho dos servidores e, com isso, o dever de indenizar o apelante pelos danos morais sofridos.

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Segundo o magistrado, foram juntados aos autos diversos relatos de agressões sofridas por outros médicos peritos em diversas agências do INSS no Brasil e notícias veiculadas pela imprensa acerca da falta de segurança e das condições de trabalho precárias dos servidores da autarquia.

É preciso procurar um bom advogado

Peritos médicos em situação de risco: É um problema do empregador (Foto: Divulgação)

Além disso o magistrado escreveu que: “No caso concreto, o autor foi atacado com facadas durante o exercício de seu trabalho e dentro de seu consultório, local em que os trabalhadores esperam que haja mínimas condições de segurança, sendo impossível mensurar a angústia e o abalo psíquico por que passa ainda nos dias atuais. O fato ainda acarretou a necessidade de procedimento cirúrgico e a internação pelo período de cerca de uma semana, bem como o afastamento do serviço por três meses, mostrando-se compatível a fixação do valor de R$ 80.000,00 a título de danos morais”. A decisão do Colegiado foi unânime.

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Diante de situações como essa é importante o médico conhecer seus direitos e procurar profissionais especializados em ações que envolvam clínicas e hospitais. O escritório Franklin e Corrêa Advogados Associados tem mais de 15 anos de experiência neste ramo atuando no Rio de Janeiro. Neste período de pandemia, para preservar a saúde de clientes e funcionários, estamos atendendo por Whats app pelo número (21) 98259-3456. Também funcionamos nos telefones: (21) 2544-5542 e (21) 2524-5058. Além disso pode nos procurar pelo e-mail advogadosfec@gmail.com.